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JOYCE - A LÍDER DAS GUERREIRAS VIGILANTES

05-07-2015 19:06

Segundo uma lenda celta anciã, Joyce era uma guerreira da maior tribo celta que ocupava a região mais ao sul das terras irlandesas. Nascera de um parto difícil de sua mãe, Allanis e seu pai, Brício comemorou sua chegada como herdeira do comando de seus fiéis combatentes de fronteira.

 

Desde muito jovem, Joyce foi criada em meio ao ambiente belicoso de seu pai e seus homens. Aprendeu a dormir ao relento, mesmo no mais severo dos invernos, como também aprendeu a sobreviver com pouco alimento e água. Aos doze anos foi presenteada com uma túnica de couro e uma pequena espada, parecida com o gládio romano.

 

Aos quinze foi apresentada ao arco e flecha por intermédio de um guerreiro britânico de nome desconhecido e que, algum tempo depois, simplesmente desapareceu nas brumas do tempo. Treinou arduamente o manuseio daquela arma de elite, até seus dedos calejarem, seus braços doerem e seus ombros pesarem.

 

Aos dezoito anos, Joyce era a mais exímia das guerreiras celtas, hábil com o arco e flecha, de destreza incomum em cavalgar éguas de batalha e arguta no manejo da espada. Além disso, a jovem arqueira possuía também uma percepção extremamente aguçada e capaz de perceber coisas que ainda estavam para acontecer.

 

De início, todos pensaram que se tratava de bruxaria, porém, Eluída, a feiticeira anciã da tribo, elucidou o mistério ao sentir a aura de sua pupila e discernir que essa capacidade lhe fora presenteada pelos deuses ancestrais que viram em Joyce uma pessoa de bom coração e cuja alma brilhava mais que seus semelhantes.

 

Logo, Joyce foi guindada à função de vigilante, uma guardiã incumbida de vigiar e proteger a aldeia de ataques Saxões, Romanos Mercenários e outros inimigos naturais dos Celtas. Devotada à tarefa que lhe fora designada pelo líder de sua tribo, Joyce jamais se envolveu com homem algum, embora nutrisse uma paixão reprimida por um jovem lanceiro Bretão, que mais tarde viria a ser um dos homens de confiança do Rei Arthur.

 

Joyce formou ainda uma equipe (ou pelotão) de vigilantes, composta por Briana, uma jovem que possuía uma incrível destreza com a lança curta; Vanda, a valente, uma jovem de cabelos cor de fogo cuja mira com o arco era inigualável; Gertrudes, mestiça, cuja mãe viera das terras do norte do continente, possuidora de uma força incomparável e uma determinação que não conhecia limites.

 

Joyce nutria um amor incondicional aos animais, especialmente cavalos e cães, e sempre tinha ao seu lado sua égua shire de batalha, que ela chamou de “Cintilante”, bem como seus dois cães de combate (um mastim e um hottweiler), de nomes “nômade” e “guardião” respectivamente.

 

Joyce foi muito respeitada por seus compatriotas e lutou até seu último suspiro de vida defendendo a tradição celta, o culto aos deuses ancestrais, a hegemonia do povo celta e a paz e segurança de sua tribo.

 

Portanto, essa figura lendária, figurou nos panteões da história celta, deixando como herança suas características mais acentuadas: honra, dignidade, lealdade, amor incondicional e justeza de ações.

A Rosa e o Espinho

01-11-2011 23:13

 

A ROSA E O ESPINHO (soneto)

 

Era uma vez uma rosa tímida, mas orgulhosa

Seu perfume inebriante a todos encantava

E havia um espinho que a achava maravilhosa

Era um amor muito mesquinho, mas ele a desejava.

 

Um dia a rosa viu o espinho e apaixonou-se

E aquele espinho miserável pela rosa foi amado

Tudo era perfeito, a rosa por amor transformou-se

Mas havia algo: o espinho era um inconformado.

 

E a rosa chorou, chorou porque ela o amava

Era um amor completo, ele um espinho miserável

A rosa fraca, triste, nem perfume mais exalava.

 

Tudo foi perdido, o espinho tornou-se detestável

E agora o espinho espera, espera que o amava

Espera paciente, que volte o perfume inigualável.

 

E ele ainda espera, pois a rosa não mais perfume exalou...

 

Alguma Poesia

01-11-2011 14:04

 

A CIDADE – MINHA CIDADE

 

Onde estou eu?

Perdido?

Não, estou na minha cidade

Cidade grande cheia de gente.

Pelas ruas, nas casas, em tudo.

Todos parecem solitários, vazios.

O que serei eu neste mundo?

Mundo de almas revestidas de concreto!

Ela é um monstro que devora,

Corrompe, violenta, massacra, machuca.

Aço e concreto frios que gelam,

Gelam a minha alma.

Mas mesmo assim eu gosto dela

Gosto dela mesmo com toda a sua violência,

Com toda a sua frieza, com tudo o que ela

Me fez sofrer, eu gosto dela, gosto por que

Ela é meu lar, e o lar daqueles a quem amo.

É nela que eu vivo, e é nela que eu quero morrer.