A Rosa e o Espinho
A ROSA E O ESPINHO (soneto)
Era uma vez uma rosa tímida, mas orgulhosa
Seu perfume inebriante a todos encantava
E havia um espinho que a achava maravilhosa
Era um amor muito mesquinho, mas ele a desejava.
Um dia a rosa viu o espinho e apaixonou-se
E aquele espinho miserável pela rosa foi amado
Tudo era perfeito, a rosa por amor transformou-se
Mas havia algo: o espinho era um inconformado.
E a rosa chorou, chorou porque ela o amava
Era um amor completo, ele um espinho miserável
A rosa fraca, triste, nem perfume mais exalava.
Tudo foi perdido, o espinho tornou-se detestável
E agora o espinho espera, espera que o amava
Espera paciente, que volte o perfume inigualável.
E ele ainda espera, pois a rosa não mais perfume exalou...